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ELE QUERIA O DIVÓRCIO, ELA QUERIA O CASAMENTO


Após 18 anos de casamento, Scott Garmon acordou uma manhã, olhou para a sua mulher ainda a dormir e pensou: “Quem é esta mulher que está deitada ao meu lado? Começou a chorar. Sentiu que dentro de si algo lhe faltava.

 

Qualquer réstia de sentimento que Scott tivesse tido por Suzette há muito tempo que tinha desaparecido. Isolado... sozinho, Scott sentira-se desrespeitado por Suzette durante todo o seu casamento. Mas Suzette não se apercebeu do desespero do marido.

 

Scott foi-se desligando cada vez mais de Suzette. Embora sorrisse na igreja e no trabalho, ele acreditava que o seu casamento estava condenado. Poucos meses antes do vigésimo aniversário de casamento, ele foi a um retiro de renovação para homens. Deus, se estás aqui, ele orou, aparece, porque estou num ponto em que estou pronto para me afastar e desistir da vida.

 

Quando Scott regressou a casa, teve um vislumbre de esperança no seu casamento. Mas essa esperança esmoreceu quando disse à mulher que queria fazer uma pequena viagem missionária a África. “Não, não vais!”, disse ela.

 

Pela expressão no seu rosto, Suzette foi abanada para a realidade. Apercebeu-se de que realmente não conhecia o marido. Na sua mente, ela era a mulher do Scott e ele era suposto fazê-la feliz.

 

Tanto Scott como Suzette tinham chegado à mesma conclusão: O casamento deles estava em grandes apuros.

 

“Não é suposto separarem-se”.

 

Depois de meses a discutir com Scott, Suzette contou a uma amiga íntima, Dana, sobre as suas dolorosas discussões. “Precisam de ir a um Weekend to Remember de FamilyLife”, disse Dana. “Vocês não estão destinados a separar-se; estão juntos há demasiado tempo”.

 

Relutantemente, os Garmons concordaram em ir a um Weekend to Remember em novembro de 2005. Foram apenas por obrigação para com Dana e o marido, que os surpreenderam pagando a inscrição. Nessa altura, Scott não tinha qualquer desejo de viver o resto da sua vida com Suzette. Estava secretamente a fazer planos para se divorciar dela.

 

Durante o fim-de-semana, enquanto aprendiam sobre os propósitos de Deus para o casamento, os casais foram instruídos a escrever cartas de amor um para o outro. Suzette não sabia nem como começar. Ela disse a Deus que não sabia como ser uma boa esposa e prometeu que faria o que fosse preciso para salvar o seu casamento.

 

Depois de orar, Suzette teve uma sensação de paz avassaladora. Sentiu que Deus lhe dizia: “O teu casamento vai sobreviver mas vai ser difícil". Suzette não se importava com o quão difícil seria. Ela estava determinada a não perder Scott.

 

Quando a escapadela terminou no domingo, Suzette disse a Scott que tinha mudado. “Nós vamos conseguir! Vamos ficar bem!” Disse também que tinha marcado uma caixa no formulário de avaliação indicando que queria juntar-se à equipa de voluntários de FamilyLife.

 

Scott olhou para Suzette com incredulidade. “Não me vou oferecer como voluntário para esta organização.” Ele disse que se ela fosse reconhecida como voluntária no evento de 2006, ou estaria sozinha ou com outro homem.

 

 

O teste de uma vida

 

Suzette começou a ler "Amor e Respeito", um livro que tinha comprado no retiro. Ela aprendeu que Deus criou Scott com uma necessidade especial de respeito e que ela havia sido criada com uma necessidade especial de amor. Ela reconheceu como havia desrespeitado Scott repetidamente ao longo dos anos e prometeu que, com a ajuda de Deus, mostrar-lhe-ia respeito incondicional.

 

Suzette fez o seu melhor para agradar ao marido, mas ele respondia dizendo: “Eu não te amo!” Ele dizia-lhe constantemente: “Tens de encontrar outro homem”. Chegou mesmo a sugerir que ela encontrasse “um daqueles pais ricos e divorciados” da escola onde trabalhava e começasse a namorar com ele.

 

“Não, tu és o meu homem”, dizia ela. “Não te vou deixar.”

 

Por vezes, quando ela saía para o trabalho, Scott ficava à porta e gritava: “Não te amo. Não quero saber se voltas.”

 

Quando isso acontecia, a Suzette chorava durante todo o caminho para o trabalho. Deus, isto é tão difícil, ela orou, mas eu sei que Tu queres que eu faça isto.

 

A 20 de dezembro de 2005, Suzette começou a duvidar se o seu casamento iria sobreviver. Foi nesse dia que ela encontrou alguns e-mails que Scott tinha enviado para a sua antiga namorada da escola. Suzette leu um longo poema que ele tinha escrito para a mulher: “E se tivesses sido tu a pessoa com quem eu estaria agora?”

 

“Aquilo matou-me”, diz Suzette.

 

Emocionada, atirou o ecrã do computador para o chão. Haveria alguma esperança?

 

 

Nova esperança

 

Pensando em desistir do seu casamento, Suzette telefonou à sua amiga Dana.

 

“Tens de te manter forte”, disse Dana. “Consegues ultrapassar isto.”

 

Durante os quatro dias seguintes, Suzette teve muito tempo para pensar nas palavras de Dana; ela e Scott não se falavam. Então, na véspera de Natal, enquanto Scott montava as bicicletas das crianças, Suzette aproximou-se dele e disse: “Quero fazer amor contigo”.

 

Suzette explica que sentiu Deus a dizer-lhe para amar o marido, independentemente do que ele tivesse feito. “Por isso, tinha de continuar a fazer coisas como aquela, e isso surpreendia-o”, diz ela.

 

Após dois meses a testar a afirmação da sua esposa de que era uma mulher mudada, Scott deixou de a provocar, pensando: “Há aqui qualquer coisa diferente.

 

Suzette teve uma nova esperança no seu casamento quando Scott lhe deu um presente no Dia dos Namorados. “Estás a mudar de ideias?”, perguntou ela.

 

“Não”, disse ele. “É só para as memórias que eu costumava ter.”

 

Foi um começo.

 

Vários meses depois, quando Scott disse à mulher que queria fazer uma viagem missionária à Ásia Oriental, desta vez ela respondeu: “Quero que vás”. Ele ficou atónito.

 

Numa caminhada de oração durante a sua viagem missionária, Scott apercebeu-se de que tinha feito mal em querer fazer trabalho missionário quando estava a abandonar o seu primeiro campo de missão - a sua família. Deus lembrou Scott de não desperdiçar as suas bênçãos, Suzette e seus filhos.

 

Quando Scott voltou para casa, disse a Suzette que sabia que Deus queria que eles ficassem juntos. Depois acrescentou: “Eu não te amo. Não sinto nada por ti. Estou aqui com fé porque Deus disse 'Vai para casa'”.

 

Suzette continuou a confiar em Deus.

 

 

O ponto de viragem

 

Duas semanas depois de Scott ter regressado da Ásia Oriental, ele e Suzette sentaram-se na igreja como suportes de madeira para livros. Os seus filhos estavam sentados entre eles. Quando o pastor começou a sua pregação, Scott refletiu sobre algo que tinha aprendido no Weekend to Remember: O amor não é um sentimento, mas uma escolha. Ele baixou a cabeça e implorou a Deus que o ajudasse a sentir novamente amor pela sua esposa.

 

Depois da oração, Scott sussurrou para as crianças: “Mexam-se, tenho de ir para junto da vossa mãe”. Suzette ficou chocada quando ele se aproximou. Algumas pessoas sentadas por perto viraram-se para ver o que se passava.

 

Scott encarou a mulher: “Amo-te outra vez! Está tudo a voltar. Amo-te mais do que alguma vez amei.”

 

Scott tinha-se finalmente juntado a Suzette na luta para salvar o seu casamento.

 

Nos meses seguintes, ele e Suzette resolveram os seus muitos problemas. Pouco a pouco, Deus transformou o seu relacionamento. Scott até se juntou a Suzette na equipa de voluntários de FamilyLife para ajudar a promover o "Weekend to Remember".

 

E quando Scott e Suzette foram ao seu segundo Weekend to Remember, em 2006, e os voluntários locais foram convidados a subir ao palco para serem reconhecidos, Scott e Suzette caminharam até à frente do salão de baile do hotel... juntos.

 

Eles tinham conseguido.


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 Artigo Original aqui.

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