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Semana Anti-bullying - Desconectar o bully online

De Care For The Family Uk*

menina ao telemóvel
Retirado do artigo original


Para as crianças de hoje, não há como fugir ao agressor da escola ao final do dia. Na verdade, eles podem até nem estar de todo  presentes na escola. Eles estão no autocarro, no caminho para casa, na mesa de jantar e podem até mesmo encontrar uma forma de estar no quarto à noite.


Hoje em dia, a escala e a velocidade da comunicação digital levam a que o que começa como uma piada cruel rapidamente saia do controle e se transforme em abuso. Então, como é que nós enquanto pais, protegemos os nossos filhos de uma ameaça que muitas vezes pode passar meses despercebida? Como podemos ajudar os nossos filhos a desconectarem-se das vozes e insultos inúteis que afetam a sua confiança, auto-estima e bem-estar mental e emocional?

 

Katharine Hill aborda este problema no seu livro Left to their own devices? - Confident Parenting in a World of Screens. (Deixados com os seus próprios dispositivos? - Parentalidade confiante num mundo de ecrãs). Este é um excerto do livro.

 

O que é que os pais podem fazer

Estarem alerta aos sinais:

 

Se eles estão a passar mais ou menos tempo no telemóvel ou computador (isto dependerá do contexto, claro, uma vez que o interesse de uma criança vai aumentando e diminuindo).
De repente têm muitos contactos novos nas redes sociais? Se sim, provavelmente nem todos serão “amigos”.
O humor deles muda depois de estarem on-line? Prestem atenção às suas reações quando pousam o telemóvel ou fecham o computador, especialmente se ficarem nervosos ou agitados.
Eles já perguntaram como é que poderiam bloquear outras pessoas ou apagar as suas contas nas redes sociais?
Estão a demonstrar alguma dificuldade em comer e dormir, ou sintomas físicos inexplicáveis como dores de cabeça ou de estômago?
Partilham frases negativas sobre eles mesmos, sobre outros ou sobre a vida no geral? Há algum indício de falta de auto-estima, como por exemplo, andar cabisbaixo?

 

Lembre-se de que os dois últimos motivos de alarme podem indicar problemas de origem bastante diferente, o que significa que se estes acontecerem isoladamente, poderão não estar associados ao cyberbullying.

 

Dar apoio ao seu filho 

 

Quando a nossa filha estava a passar por uma fase particularmente difícil com um grupo de amigos na escola, e tanto mensagens como posts de Facebook maldosos eram partilhados, o meu conselho para ela foi apenas “Ignora”. Desde então que ela me diz quão inútil foi esse conselho (0/10 para as minhas habilidades de parentalidade!) Mais tarde nesse dia, a minha filha (agora com 20 e tal anos) disse-me quão melhor teria sido a abordagem se a tivesse ouvido e garantido de que o bullying não era culpa dela. Pode ser muito desagradável enquanto pai ouvir isso, mas faça o seu melhor para manter a calma e diga ao seu filho que o vai ajudar a ultrapassar isso.

 

Não impeça o seu filho de estar on-line 

 

Se as crianças são alvo de piadas maldosas ou vítimas de bullying, será quase impossível para elas “simplesmente ignorarem”, e dizer-lhes para não estarem on-line ou impedi-las de usarem os seus dispositivos será contraproducente. Também poderíamos pedir-lhes que não respirassem, isso provavelmente levaria a que se sentissem mais isolados e excluídos de qualquer rede de amigos que tenham.

 

Diga ao seu filho para não responder

 

Todos os agressores procuram uma reação, por isso, avise o seu filho para que não responda ou tente retaliar de forma alguma. Se uma conversa on-line se tornar abusiva ou os fizerem sentirem-se desconfortáveis, devem simplesmente abandoná-la.

 

Bloquear mensagens

 

Diga ao seu filho para bloquear o remetente e denunciá-lo à rede social ou plataforma do jogo.

 

Busque apoio externo

 

Fale com amigos para ter apoio, e se necessário, vá à escola do seu filho que deverá ter uma política anti-bullying, em casos extremos, e especialmente se sentir que o seu filho está em perigo, considere informar a polícia. Pense também sobre onde poderá procurar ajuda externa para o seu filho. O aconselhamento poderá ser benéfico durante e após o episódio.

 

 

Quando o seu filho é o agressor

 

Por mais indesejável que seja o pensamento, como pais, podemos ter que enfrentar o facto de que nosso filho se está a juntar aos agressores ao consentir com uma campanha cruel ou mesmo que eles sejam o principal autor. É fácil ficar na defensiva sobre os nossos filhos, mas é importante descobrir a história completa.


*Artigo original aqui
Www.careforthefamily.org.uk

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